Olá, tudo bem por aí?
Sabe, um dos maiores impactos da minha vida aconteceu quando eu me casei. Bem, nos meses que se seguiram.
Não entendi o porque na altura mas, a minha relação com o meu pai mudou drasticamente. Ele, que sempre foi super carinhoso comigo, ficou mais distante, mais frio. Via como ele lidava com os meus sobrinhos e que já não acontecia mais comigo.
Hoje eu sei o que aconteceu, para ele eu deixei de ser a sua responsabilidade, deixei de ser um peso. O momento em que isso ficou claro foi numa mesa de jantar com toda a família quando ele desabafou do fundo do seu coração o quanto ele detestava as nossas férias de verão, que ele tinha que cuidar com a gente e se preocupar com a gente na praia no que era suposto ser o seu descanso. Ai ai… o meu marido riu da minha cara de choque nesse dia.
Veja bem, são as melhores lembranças da minha infância!!! E, pensando bem, ele estava sempre no quarto dormindo enquanto eu estava a brincar com crianças de diferentes idades e lugares do Brasil na Colônia de Férias da Telerj (sim, sou desse tempo) de Rio das Ostras 🙂
Olha que curioso… e hoje conto isso com tranquilidade porque é quem ele é e sei que isso está fora do meu controle e, na verdade, prefiro não ser mais um peso para ele… afinal assim, não preciso mais alcançar expectativas 😉
Trago essa parte de mim porque na segunda nós falamos sobre o peso que carregamos. Nós entramos em contato com ele de uma forma distanciada que nos permitiu ver com detalhes o que nos pesa nas costas, o que dificulta as nossas tarefas no dia a dia, o que nos impede de viver em plena vitalidade.
E, eu vi os meus pesos e pude organizá-los e até carregá-los de uma forma leve, como balões… foi tão bom que nesse exato momento me senti feliz por não representar um peso a ser carregado pelo meu pai. Que interessante…
Sinto que isso mostra de uma forma muito viva como uma prática vai reverberando, vai pulsando em mim ao longo do tempo, basta que eu esteja disponível para isso. E, nossa, como estou ♥
Dizem que a “ignorância é uma bênção” mas, meu Deus, esse ditado não podia estar mais errado!
Quanto mais eu sei sobre mim, mais eu posso ter escolhas coerentes com a forma como quero me sentir. Isso significa que o meu bem-estar não depende de mais ninguém.
Sim, os outros influenciam, mas cabe a mim escolher o que fazer com isso. Alguém trouxe no momento de partilha que “os pesos que carrego nem sequer são meus, nem fui eu quem os coloquei sobre as minhas costas” … e sabe como ela continuou?
“Ao saber disso, vejo que não preciso carregar.”
Isso é liberdade.
E você se lembra de como correu com a nossa querida Rose? (mas aí vou deixar para ela relatar ou não ;))
Isso é o que a prática de mindfulness promove em nós. Simples, direto e eficaz.
Estamos estruturando um grupo de prática semanal que vai muito além dos nossos 15 minutos de segunda-feira, será uma hora para irmos muito mais além nessa pesquisa de nós mesmos de uma forma super leve (acompanhados).
Se quiser partilhar como a prática de segunda tem mexido com você também, saiba que estamos mesmo aqui, nós respondemos a todos os emails.
E mal posso esperar pela segunda!
Um excelente agora!
Com carinho, Cíntia